The Personal is Political (o pessoal é político) é um dos slogans feministas mais célebres dos anos 1970. É uma afirmação de que os problemas individuais das mulheres são resultado de sua classe política oprimida (Bonnie J.). É também este slogan que fará Bell Hooks nos propor a questionar nossa própria existência e percurso relacionando-os à história, e tendo no discurso de Sojourner Truth no The Ohio Women’s Rights Convention (Conferência dos direitos das mulheres de Ohio), em 1851, um marco no pensamento afrofeminista... a estética é política.
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Citação do júri: Em cada quadro, a lente especializada de Lilis Soares hipnotizou o júri. A riqueza das imagens em preto e branco, combinada com o trabalho de câmera intrincado e íntimo das performances e da paisagem natural, elevou este conto folclórico a uma experiência visual inebriante. O Prêmio Especial do Júri de Drama do Cinema Mundial: Cinematografia vai para Lílis Soares, Mami Wata.
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Texto apresentado júri oficial: “Com dois curtas e um longa na Mostra Tiradentes 2020, a presença de uma jovem fotógrafa evidencia um caminho sem volta e a urgência de se olhar, cuidadosamente, para um cinema que atravessa processos vitais, de formação e construção política. Os projetos de que ela participa recebem o tratamento de uma pesquisa rigorosa, sobre uma questão antiga, mas ainda pouco enfrentada: afinal, como filmar corpos negros?
Encontramos a força de uma perspectiva comprometida com a descolonização do fazer cinema, e celebramos em seu trabalho o acolhimento de uma questão ética incontornável ao nosso tempo. O que ela tem feito, articulada em coletivos, como o Coletivo de Diretoras de Fotografia do Brasil, ao qual o júri estende sua homenagem, é um cinema que assume para si a responsabilidade de enfrentar não apenas uma disputa de narrativas, mas a agencia de uma sensibilidade preta. Por saber que a pele é nossa primeira lente, e pelos modos como faz emergir novas imagens, premiamos uma fotógrafa em plena atividade, pela autonomia de um fazer cinematográfico que sim, atravessará os tempos.”
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Black Female Spectators
When thinking about black female spectators, I remember being punished as a child for staring, for those hard intense direct looks children would give grown-ups, looks that were seen as confrontational, as gestures of resistance, challenges to authority. The "gaze" has always been political in my life. Imagine the terror felt by the child who has come to understand through repeated punishments that one's gaze can be dangerous. The child who has learned so well to look the other way when necessary. Yet, when punished, the child is told by parents, "Look at me when I talk to you." Only, the child is afraid to look. Afraid to look, but fascinated by the gaze. There is power in looking.
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